A gravidez é um evento importante na vida da mulher, trazendo diversas mudanças ao organismo, afetando órgãos, sistemas, ciclos e, assim, impactando nos aspectos físicos, hormonais e psicossociais da vida da gestante (CARVALHO et al., 2023).
Durante esse período, é fundamental que a gestante adote uma série de cuidados a fim de promover sua saúde mental e o bem-estar da mãe e do feto. Para isso, faz-se necessário o acompanhamento com uma equipe transdisciplinar que tenha o objetivo de aumentar os fatores protetores e reduzir os riscos à saúde (CARVALHO et al., 2023).
No entanto, é importante também que haja promoção de saúde até mesmo antes da concepção. Segundo BORGES et al. (2016), o período que antecede a concepção é essencial para o desenvolvimento de uma gravidez saudável.
Outro ponto importante é o cuidado que deve ser tomado no puerpério, tendo em vista de que esse é o momento em que a mulher se sente mais vulnerável, podendo apresentar distúrbios emocionais e riscos à saúde mental. Por isso, faz-se essencial a presença de uma equipe multidisciplinar para acompanhar e orientar a mulher em todo período gravídico (MARCATO; LEITE, 2021).
Durante toda gestação, as escolhas alimentares da gestante podem sofrer alterações, isso acontece devido às mudanças fisiológicas, saberes ou crenças, sejam eles familiares, culturais ou de outras fontes. Com isso, o acompanhamento nutricional pode ser citado como um fator positivo na prevenção de morbidade e mortalidade gestacional, trazendo melhorias na saúde materno-infantil e no pós-parto (GOMES et al., 2019).
Sendo assim, a alimentação da gestante deve ser composta por alimentos variados, dando uma maior importância a alimentos in natura e evitando o consumo dos ultraprocessados, como orienta o Guia Alimentar para a População Brasileira (GOMES et al., 2019).
Além disso, estudos mostram que gestantes que possuem hábitos alimentares saudáveis estão menos suscetíveis a altos níveis de ansiedade, em comparação com aquelas que consomem uma alimentação inadequada (GOMES et al., 2019).
O aleitamento materno é um ato que abrange muito mais do que nutrir a criança, é um processo que envolve mãe e filho mediante uma profunda interação e promove inúmeros benefícios para ambos (BRASIL, 2009).
Dentre os diversos benefícios que o aleitamento materno é capaz de oferecer podemos citar:
• Melhor nutrição para a criança.
• Fortalecimento imunológico da criança.
• Diminuição do risco de alergias.
• Redução das chances de desenvolver um quadro infantil de obesidade.
• Proteção materna contra o câncer de mama.
• Melhora na qualidade de vida.
• Promoção da relação afetiva entre mãe e filho.
Este atodeve ocorrer de forma exclusiva até os seis meses de idade, sendo ofertado até dois anos, segundo a recomendação da Organização Mundial da Saúde e do Ministério da Saúde (BRASIL, 2009).
Neste mês, comemoramos o Agosto Dourado, o mês de incentivo ao aleitamento materno, que é de suma importância, além de ser o alimento ouro para os bebês.
O Instituto Assaly se importa com todas as fases da vida, com uma visão integrativa de saúde, contamos com uma equipe transdisciplinar composta por profissionais de saúde renomados e prontos para auxiliar você independentemente da fase em que se encontre!
REFERÊNCIAS:
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. SAÚDE DA CRIANÇA: Nutrição Infantil: aleitamento materno e alimentação complementar. 23. ed. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009. 112 p. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_crianca_nutricao_aleitamento_alimentacao.pdf. Acesso em: 17 maio 2023.
BORGES, Ana Luiza Vilela et al. Preconception health behaviors associated with pregnancy planning status among Brazilian women. Revista da Escola de Enfermagem da Usp, [S.L.], v. 50, n. 2, p. 208-216, abr. 2016. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0080-623420160000200005. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/27384199/. Acesso em: 17 maio 2023.
CARVALHO, Laís Lage de et al. Technologies Applied to the Mental Health Care of Pregnant Women: a systematic literature review. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia/Rbgo Gynecology And Obstetrics, [S.L.], v. 45, n. 03, p. 149-158, mar. 2023. Georg Thieme Verlag KG. http://dx.doi.org/10.1055/s-0043-1768458. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/37105199/. Acesso em: 17 maio 2023.
GOMES, Caroline de Barros et al. Hábitos alimentares das gestantes brasileiras: revisão integrativa da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, [S.L.], v. 24, n. 6, p. 2293-2306, jun. 2019. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/1413-81232018246.14702017. Disponível em: https://www.scielo.br/j/csc/a/S4mtxM5F5K4bC4BRhdF6Bch/?lang=pt. Acesso em: 17 maio 2023.
MARCATO, Kelli Cristina Daniel; LEITE, Maria Fernanda. Dificuldades emocionais maternas no puerpério em primigestas: Estudo de corte transversal. Rev. Salusvita (Online), [S. l.], ano 2021, v. 40, p. 1-17, 25 mar. 2021. Disponível em: https://pesquisa.bvsalud.org/gim/resource/en,au:%22Martins%20Neto,%20Viviana%22/biblio-1411757. Acesso em: 17 maio 2023