A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa, caracterizada pela perda de memória em longo prazo, e pode ser classificada em 3 estágios (leve, moderada e severa), variando entre os pacientes. De acordo com dados levantados pela OMS, estima-se que, nos próximos 20 anos, mais de 35,6 milhões de pessoas ao redor do mundo tenham o diagnóstico da doença. Muito se sabe sobre os fatores que influenciam no desenvolvimento da doença, como idade, genética, sexo e diagnóstico de doenças crônicas não transmissíveis. Entretanto, cientistas descobriram que a presença do gene APOE e alelo E4 possuem relação com aumento da incidência da doença.
O APOE é responsável pela codificação de glicoproteína com 317 aminoácidos, desempenhando um papel essencial no transporte e metabolismo lipídico no sistema nervoso central (SNC), assim, garantindo benefícios na saúde metabólica, cardiovascular e cognitiva do indivíduo. Este gene pode apresentar diferentes variantes genéticas, sendo as mais comuns os alelos E2, E3 e E4.
Por possuir um papel importante no metabolismo de lipídios, o gene APOE e sua variante, o alelo E4, interferem no metabolismo do peptídeo beta-amiloide, desse modo, modulando o risco de desenvolver o quadro neurológico.
De acordo com profissionais da saúde, a presença do alelo E4 no organismo é capaz de aumentar em até 3 vezes a DA. Além disso, o alelo E4 tem sido associado à ativação da via CypA-NFκB-MMP 9, que influencia na perda à resistência insulínica, aumentando as chances do desenvolvimento de Diabetes Mellitus, doença crônica não transmissível que por causar inflamações crônicas no organismo, ela influencia de maneira negativa no quadro de DA.
Assim, o risco para indivíduos portadores do alelo E4 e com diagnóstico de DM, para o desenvolvimento de DA, é 5,5 vezes maior, quando comparado a indivíduos saudáveis.
Alzheimer, Diabetes e Nutrição preventiva
Com intuito de diminuir as vias inflamatórias e direcionar as vias CypA-NFκB-MMP 9, recomenda-se:
● Baixo consumo de carboidratos, com o apoio de dietas Low-Carb ou Cetogênicas.
● O consumo de azeite extravirgem que contenha hidroxitirosol ou oleocanthal.
● Aumento do consumo de vegetais crucíferos, como brócolis, rúcula e couve-flor.
● Suplementação de triglicerídeos de DHA e EPA.
● Suplementação de quercetina.
● Suplementação de resveratrol.
● Suplementação das vitaminas D3, K2 e do complexo B.
● Suplementação com baixa dose de lítio – mediante orientação médica.
O Instituto Assaly é formado por uma equipe transdisciplinar e oferece um programa de gestão de saúde capaz de detectar genes específicos que influenciam no desenvolvimento de diferentes doenças, como a Doença de Alzheimer. Interessou-se? Então, agende já a sua consulta!
REFERÊNCIAS
NORWITZ, Nicholas G. et al. Precision Nutrition for Alzheimer’s Prevention in ApoE4 Carriers. Nutrients, [S.L.], v. 13, n. 4, p. 1362, 19 abr. 2021. MDPI AG. http://dx.doi.org/10.3390/nu13041362. Disponível em: https://www.mdpi.com/2072-6643/13/4/1362. Acesso em: 08 jun. 2022.