O HPV ( human papiloma virus) é um vírus que infecta pele e mucosas, e possui mais de 200 subtipos diferentes. Podem ser classificados quanto ao potencial oncogênico em dois grupos; baixo risco (tipos 6, 11, 41, 42, 43 e 44 ) risco intermediário(31, 33, 35, 39, 51, 52 e 58) e alto risco(16, 18, 45 e 56) A maioria deles está associada a lesões benignas, tais como verrugas, mas certos tipos são encontrados em neoplasias como o câncer do colo do útero, vulva, vagina, ânus, pênis e oro-faringe. Em 99,7% dos casos de câncer de colo uterino existe DNA do vírus HPV de alto risco. A principal forma de transmissão do HPV é por via sexual, sendo a doença sexualmente transmissível (DST) viral mais frequente. Estima-se que 25 a 50% da população feminina mundial esteja infectada, e que 75% das mulheres contraiam a infecção durante algum período das suas vidas. Felizmente, na maioria dos casos, o vírus é eliminado pelo sistema imunológico em aproximadamente 18 meses. A maioria das situações não apresenta sintomas clínicos, mas algumas desenvolverão alterações que podem evoluir para câncer. O exame de rastreio para diagnóstico destas alterações é a citologia cervical ou Papanicolau e a presença do vírus pode ser detectada através de Hibridização Molecular, Captura Híbrida ou PCR. Hoje em dia podemos verificar a presença dos oncogênes E6 e E7 no DNA viral e seu maior potencial de malignização. A infecção também pode ocorrer no homem e, embora as manifestações clínicas sejam menos frequentes do que na mulher, estima-se que 50% da população masculina esteja infectada pelo vírus. O tratamento pode prolongado e depende das técnicas aplicadas. Apesar de em vários casos haver recaída, é comum em outros casos, principalmente se diagnosticado a tempo, a cura e a eliminação do vírus do organismo. As estratégias de prevenção são similares às das restantes DSTs, passando sobretudo por evitar comportamentos de risco. As opções de tratamento dependem do tipo das lesões, podem ser feitos com quimioterápicos, imunoterápicos ou cirúrgico: cauterização química, eletrocauterização, crioterapia, ou laser. A vacina quadrivalente Gardasil (Merck Sharp & Dhome) foi introduzida em 2006 para prevenir o câncer de colo do útero e lesões verrugosas, causado pelo HPV tipos 6, 11, 16 e 18. A vacina bivalente Cervarix (GlaxoSmithKline), foi aprovada em 2009 para prevenir o câncer de colo do útero e lesões causadas por HPV tipos 16 e 18. Devem ser preferencialmente aplicadas em meninas dos 9 aos 26 anos, 3 doses. Embora possam ser utilizadas em adultos. Estuda-se a possibilidade desta vacina ser oferecida gratuitamente pelo SUS, porém até o momento é disponibilizada apenas particular nos laboratórios e clínicas de vacinação.