A segurança alimentar, de acordo com a Lei de Segurança Alimentar e Nutricional (2006), consiste no exercício do direito de todos ao acesso diário a alimentos de qualidade, em quantidade suficiente, que supram as necessidades nutricionais recomendadas e garantam a saúde e o bem-estar. Sendo assim, o termo “insegurança alimentar” se refere a todas as famílias que, por motivos econômicos, sociais e físicos, não têm acesso a alimentação segura e adequada.
De acordo com uma pesquisa realizada, em 2020, pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede PENSSAN), 52,2% da população brasileira foi atingida pela insegurança alimentar em decorrência da pandemia causada pela Covid-19. Mas, além da insegurança alimentar, essa porcentagem da população também esteve sujeita à insegurança nutricional, que é caracterizada pela deficiência de nutrientes, e teve a sua saúde afetada pela restrição e privação da alimentação saudável.
A disponibilidade alimentar, em suma, influencia na saciedade da sociedade, enquanto a segurança alimentar é a responsável por ofertar as necessidades nutricionais suficientes para determinado grupo, assim, auxiliando no tratamento contra diversas deficiências. Já a segurança nutricional está relacionada à estabilidade alimentar para todos os grupos, garantindo a saciedade, a qualidade nutricional, o tratamento e a prevenção contra quadros clínicos.
Assim como mencionado, a segurança nutricional é caracterizada, muitas vezes, pela restrição e privação da alimentação saudável. Entretanto, é importante compreender que mesmo em situações em que a alimentação é disponível, a sua qualidade possui grande impacto para definir a sua segurança – ou falta dela.
A disponibilidade de alimentos nem sempre garante a sua acessibilidade para todos os grupos, e, mesmo quando disponíveis e acessíveis, não são todos eles que oferecem os nutrientes necessários para o organismo humano, o que pode impactar o sistema imunológico. A insegurança alimentar está associada com a não saciedade, a instabilidade alimentar, a qualidade nutricional precária e o enfraquecimento imunológico, com isso, deixando o paciente mais suscetível ao desenvolvimento de doenças e com maior dificuldade para se recuperar.
O Instituto Assaly acredita que, por meio do estilo de vida saudável e da alimentação acessível e adequada para todos, somos capazes de prevenir diferentes quadros clínicos, tais como as doenças crônicas não transmissíveis (DCNTs). Para garantir a sua consulta, entre em contato conosco através de nosso contato de WhatsApp.
SIMELANE, Kwanele Siyabonga; WORTH, Steve. Food and Nutrition Security Theory. Food And Nutrition Bulletin, [S.L.], v. 41, n. 3, p. 367-379, set. 2020. SAGE Publications. http://dx.doi.org/10.1177/0379572120925341. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/33200627/. Acesso em: 21 jun. 2022.
REDE BRASILEIRA DE PESQUISA EM SOBERANIA E SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL (Brasil). Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil. 2020. Disponível em: http://olheparaafome.com.br/VIGISAN_Inseguranca_alimentar.pdf. Acesso em: 21 jun. 2022.