Com início de 2014, a Campanha do Fevereiro Roxo tem como objetivo a conscientização sobre os sinais e sintomas de Alzheimer, Fibromialgia e Lupus. Por mais que estas doenças não possuam semelhança em seus quadros, elas possuem uma característica em comum: nenhuma delas possui cura.
A campanha recebe apoio da Secretaria de Estado de Saúde para alcançar a maior rede de pessoas possível e possui como lema “Se não houver cura que, no mínimo, haja conforto”. Saiba um pouco mais sobre a doenças abordadas pela campanha:
Alzheimer: caracterizada pelo comprometimento cognitivo progressivo que, consequentemente, resulta em um estado vegetativo após 10 anos do início dos sintomas. A doença pode ser classificada em 3 estágios (leve, moderado e severa), variando entre os casos. Lúpus: doença autoimune que varia entre 2 tipos: lúpus cutâneo, que causa manchas na pele quando há a alta exposição à luz solar, e o lúpus sistêmico, que afeta os órgãos internos. Fibromialgia: síndrome não-inflamatória que atinge diversos sistemas do nosso organismo, principalmente o sistema musculoesquelético.
O Alzheimer é uma das doenças neurológicas que mais afeta a população. De acordo com a OMS, estima-se que mais de 35,6 milhões de pessoas ao redor do mundo tenham o diagnóstico, e que entre 2030 e 2050, este número tende a triplicar.
De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), dentre os diversos fatores que influenciam no desenvolvimento dessa doença, é possível destacar:
Idade: após os 65 anos de idade, as chances de desenvolver o quadro tende a aumentar a cada 5 anos. Sexo: é observado que, pelo fato de terem uma expectativa de vida maior, há maior chance das mulheres desenvolverem a doença ao decorrer do seu envelhecimento. Genética: por mais que seja raro, cerca de 10% dos casos de Alzheimer tem como gatilho sua herança de material genético. Doenças Crônicas Não Transmissíveis: o diagnóstico de doenças como Diabetes Melittus é capaz de influenciar no desenvolvimento da doença e do seu quadro, tendo em vista que DCNT geram inflamações crônicas em nosso organismo.
Além dos fatores citados acima, é importante levar em consideração que a má-qualidade da alimentação do paciente, o sedentarismo e falta de estímulo cognitivo são considerados os principais fatores para o seu desenvolvimento. Então ao pensarmos em prevenção do desenvolvimento da doença, a educação da população se torna o ponto-chave, tendo em vista de que a conscientização sobre a importância de um estilo de vida saudável é capaz de diminuir a sua incidência, como é possível observar em um estudo realizado por Wolters et al. (2020), em que foi indicado um declínio de 16% de novos casos de Alzheimer nos últimos 25 anos.
O consumo de alimentos ricos em antioxidantes e antiinflamatórios, como vitaminas do complexo B, vitamina C, vitamina D, ômega-3 e coenzima Q10 é capaz de prevenir o desenvolvimento da doença e até mesmo aliviar os sintomas da mesma devido ao seu efeito reparador. Um estudo analisou (Romanenko et al., 2021) analisou a relação entre a disbiose intestinal com o desenvolvimento da doença, tendo em vista que o consumo de alimentos ultraprocessados altera a composição da microbiota e, consequentemente, no aumento de radicais livres e inflamações.
O Instituto Assaly trabalha com a medicina preventiva, aplicado por uma equipe transdisciplinar, a fim de garantir a mudança de estilo de vida e tratamento precoce para aliviar os sintomas de diversas doenças. Através de um programa de gestão em qualidade de vida que busca a prevenção de doenças crônicas que associa testes genéticos com análise de histórico clínico e estilo de vida, somos capazes de avaliar a probabilidade do desenvolvimento de doenças, e assim, poder orientar de forma personalizada para a melhora do potencial físico e mental!
REFERÊNCIAS
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