Há mais de cinco mil anos o sal já era usado no Egito e na China, mas com uma função diferente da que lhe cabe hoje: ao invés de temperar os alimentos, ele servia para conservá-los da deterioração, já que possui característica osmótica, ou seja, retira água dos alimentos e assim evita que bactérias se proliferem. Em tempos sem geladeira, essa era a forma utilizada para conservar a comida, e assim permaneceu até o início do século XX, quando passou a ser utilizado como tempero.
O sal tem um papel importante no organismo e contribui para um bom funcionamento do corpo, porém o consumo excessivo de sal de cozinha pode trazer problemas na saúde.
O consumo de sal em excesso contabiliza 2,3 milhões de mortes por ano no mundo, quase 10 vezes mais do que as ocasionadas pelas bebidas açucaradas, o recomendado é consumir no máximo 2 gramas de sódio , o que equivale a aproximadamente cinco gramas de sal de cozinha (uma colher de chá) por dia.
Tipos de sal no mercado
Sal de cozinha – É o mais usado no preparo de alimentos. De acordo com as leis brasileiras o sal de cozinha deve conter iodo para prevenir o bócio, crescimento anormal de glândula tireoide. Possui 40% de sódio e 60% de cloro. Porém, é importante não errar na mão na hora de temperar os alimentos pelo alto teor de sódio em sua composição pode contribuir para o aumento da pressão arterial caso seja consumido em demasia o. O ideal é consumir, no máximo 2 g por dia.
Light- Tem o teor de sódio reduzido, indicado para hipertensos, pois possui 30% de sódio 70% de cloro. Cuidado como seu sabor é mais suave, deve-se ficar atento para não salgar muito a comida e anular o benefício de possuir menos sódio.
Marinho – Comum na alimentação funcional pode ser moído na hora ou misturado com ervas frescas. Como não passa pelo sistema de branqueamento, como o sal de cozinha, ele permanece com aproximadamente 84 elementos, dentre eles iodo, enxofre, bromo, magnésio e cálcio, componentes importantes para o metabolismo e, também, para ativar a glândula da tireoide. Depois do sal light, é o tipo mais indicado pelos especialistas, pois é rico em minerais.
Grosso – Produto não refinado, apresentado na forma que sai da salina. Em culinária, é usado em churrascos, assados de forno e peixes curtidos. Possui 40% de sódio e 60% de cloro. Por ser em forma granulada, geralmente é consumido com mais cautela do que o sal refinado, já que pouca quantidade tempera consideravelmente. Deve ser consumido com parcimônia, pois o consumo exagerado pode levar à hipertensão.
O verdadeiro vilão da pressão arterial é um componente que está dentro do sal: o sódio. O consumo exagerado do sal está relacionado ao aumento no risco de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e doenças renais, entre outras. As DCNT são responsáveis por 63% dos óbitos no mundo e 72% dos óbitos no Brasil. Um terço destas mortes ocorre em pessoas com idade inferior a 60 anos.
Uma das maneiras mais práticas de diminuir o consumo de sódio é observar as informações nutricionais no verso das embalagens ao comprar alimentos industrializados. Se a quantidade for superior a 400mg em 100g do alimento, é considerado um alimento rico no nutriente, sendo prejudicial à saúde. É recomendável sempre por escolher aquele que apresentar menos sódio.
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